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Peter F. Schmid

Terapia Centrada na Pessoa – O Estado da Arte

Traduzido por Manuela Redondo
(c) A Pessoa como Centro. Revista de Estudos Rogerianos No 3 Primavera - Maio 1999, p. 33-41

Resumo, Palavras-Chave
Conteúdo
Artigo
Notas
Referências Bibliográficas
English version "Person-Centered Therapy – State of the Art"

Resumo

Carl Rogers (1961 a, 163) disse, certa vez: “Hoje em dia, a maioria dos psicólogos considera-se insultado se for acusado de pensar em termos filosóficos. Não consigo deixar de me interrogar sobre o significado disto.”

Nesta exposição[1], vou enunciar resumidamente, e de acordo com o meu ponto de vista, algumas questões relativas ao estado da arte da profissão de Terapeuta Centrado na Pessoa ou “Counsellor”, sem pretender ser exaustivo, limitando-me às áreas filosóficas e antropológicas mais básicas, a algumas partes do puzzle filosófico centrado na pessoa, pois suponho que é estado da arte, actualmente, nos nossos círculos, uma virtude, o confronto do questionar filosófico e crítico do que fazemos.

Palavras-Chave

Estado da Arte; Teoria; Crítica

 

Conteúdo

Antropologia – baseada na individualidade do ser-humano
Teoria da Terapia – baseada na filosofia do encontro e na “Kairologia”
Epistemologia – com base na fenomenologia e no construtivismo
Teoria da Ciência – com base no diálogo e no realismo construtivista
Psicologia – com base nos desafios actuais
Investigação e educação – com base na criatividade
Política – com base na convicção de um papel pioneiro
Ética – com base na experiência social

 

Antropologia – baseada na individualidade do ser-humano

É do estado da arte entender a Psicoterapia Centrada-na-Pessoa como uma terapia de relacionamento – pessoa a pessoa – o que tem muitas implicações:

Teoria da Terapia – baseada na filosofia do encontro e na “Kairologia”

            Se tivermos em conta estes aspectos da imagem do homem de acordo com a abordagem centrada na pessoa, é evidente que a terapia centrada na pessoa não é apenas uma terapia de relação, mas também de encontro.

Epistemologia – com base na fenomenologia e no construtivismo

Teoria da Ciência – com base no diálogo e no realismo construtivista[3]

Psicologia – com base nos desafios actuais

Investigação e educação – com base na criatividade

Política – com base na convicção de um papel pioneiro

Ética – com base na experiência social

Para sumarizar, deverá dizer-se que , é do estado da arte considerar ainda uma tarefa, um desafio para o profissional e para o teórico, promover a abordagem centrada na pessoa, no sentido de uma abordagem verdadeiramente pessoal, em termos científicos e pessoais (Schmid 1996 a, 511-520; 1997 a).

Notas

[1] Versão revista e alargada, baseada num convite para um plenário, realizado no âmbito da IV Conferência Internacional de psicoterapia centrada no Cliente e Experiencial (ICCCEP), Lisboa, 11 de Julho de 1997. Cf Schmid 1997a.

[2] As referências dadas apontam para capítulos de livros e artigos, onde é fornecida informação mais detalhada e desenvolvida sobre os referidos termos.

[3] Cf. o paradigma da “Escola Vienense do Realismo Construtivista (Wallner 1992; 1994) e a sua “Teoria da Alienação (Theorie der Verfremdung)”.

[4] Isto levanta uma questão, algo provocadora: Dez anos após a sua morte, é tempo de parar de contar histórias sobre os encontros com “Carl”, abandonar a nostalgia e procurar posições, novas e criativas, e arriscar ideias inovadoras.

[5] Debate do tema: Brian Thorne (porta-voz) – Da não-directividade à presença; Germain Lietaer, Ned Gaylin, Alberto Segrera (comentadores)

[6] “Quando o bem-estar do outro advém do nosso próprio bem-estar”.

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